Esta é uma das palavras mais usadas na actualidade. No entanto criou-se a ideia, neste regime em que vivemos, que para haver democracia basta ocorrerem eleições. Perdeu-se, portanto, a noção do que significa, de facto, democracia.
Ora o facto de haver eleições não implica necessariamente democracia. Existem muitos países que provam isto e não é pelo facto de se dizerem democráticos que o passam a ser. A democracia exige muito mais do que “simples” eleições de x em x anos.
Falando de uma forma simples, a Democracia nasceu na Grécia antiga (que ironia!!). Consequentemente a palavra em si vem, naturalmente, do Grego e significa “Poder do Povo”. Isto considerando que o infeliz Acordo Ortográfico que nos estão a tentar impor não mudou a etimologia das palavras. Quer isto dizer que em democracia o poder está na população. Por uma questão prática a população elege representantes para que estes defendam os interesses e a vontade popular nos diversos órgãos de soberania na hora de tomar decisões. Aliás, só assim a existência desses representantes faz sentido.
Mas e quando tudo é desvirtuado e os representantes passam a defender todos os interesses menos os da população que os elegeu? E quando a vontade popular deixa de ter valor na hora de tomar decisões? Nestes casos, embora haja eleições, poder-se-á dizer que se está em democracia?
(continua)
[…] Antes de prosseguir sugere-se a leitura da primeira parte deste artigo (Parte I) […]
By: Democracia (II) | Portugal Futuro on 2 de Junho de 2013
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